quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Rodin Bahia recebe mais de 14 mil visitantes no primeiro mês

Inaugurada há quase um mês, a exposição “Auguste Rodin, homem e gênio” já atraiu mais de 14 mil visitantes ao Palacete das Artes, em Salvador. Desde o dia 26 de outubro, quem for ao museu pode apreciar as 62 obras originais do artista que é considerado o pai da escultura moderna. Esta é a primeira vez que o Museu Rodin Paris concorda em ceder por tanto tempo as peças para uma exposição, acatando a iniciativa do Governo do Estado através da Secretaria de Cultura.

Quem recebe os visitantes na entrada do Palacete é uma das obras mais famosas de Rodin: O Beijo. Partindo do casal enamorado, é possível conhecer partes importantes do estudo da Porta do Inferno, peça que o escultor deixou inacabada, mas que gerou inúmeras derivações como O Pensador e A Meditação, que também estão expostas em Salvador.

Com um intenso número de agendamento de grupos por dia, a exposição conta com sete monitores que se revezam de terça a domingo em visitas guiadas. Para a jornalista baiana, Jamile Campos, o que mais interessou foi a forma como está construído o projeto “Auguste Rodin, homem e gênio”. “Ver o casamento perfeito que ficou entre as peças em gesso e esse casarão centenário foi o que mais me fascinou. As obras são lindas, está tudo muito bem organizado, mas aqui dentro parece que elas flutuam”, completa a jornalista.

Do lado de fora do casarão o público pode ver as quatro réplicas em bronze de Rodin, adquiridas pelo governo do Estado e cedidas ao Palacete, que ficam expostas no jardim. A Mártir - de 1855 -, Homem Que Anda Sobre Coluna - 1877-, Jean de Fiennes Nu - 1886- e O Torso da Sombra - de 1901 fazem companhia a um projeto paisagístico que encanta os visitantes do local, principalmente as crianças.

Cuidados especiais

Para receber a exposição o Palacete das Artes foi totalmente restaurado. O piso de madeira, formado por pastilha e marchetaria foram conservados e reparados. Para manter o assoalho original e ainda assim possibilitar a visitação, a administração do museu solicita aos visitantes que evitem o uso de salto. “Todas as pequenas peças de madeira foram retiradas e restauradas individualmente, para depois ser recolocadas no lugar original exato, num trabalho de paciência monástica, com a previsão de recebermos um milhão de pessoas em três anos a possibilidade de deteriorização é grande. Para evitar que isso aconteça, fornecemos sapatilhas para as pessoas que vem de salto”, explica a museóloga responsável pelo Rodin Bahia, Heloísa Costa.